A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou, nesta terça-feira, 14, 83 pedidos de inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF) a partir dos acordos de colaboração premiada firmados com 77 executivos e ex-executivos das empresas Odebrecht.
Apelidado de lista de Janot, o rol de citados nas delações já estava sendo esperado desde a semana passada.
Também foram solicitados 211 declínios de competência para outras instâncias da Justiça, nos casos que envolvem pessoas sem prerrogativa de foro, além de 7 arquivamentos e 19 outras providências. Rodrigo Janot pediu ao relator do caso no STF, ministro Edson Fachin, a retirada do sigilo desse material considerando a necessidade de promover transparência e garantir o interesse público.
Ao receber os pedidos, o relator da Operação Lava Jato no Supremo, o ministro Edson Fachin, vai decidir se aceita os pedidos para abrir os inquéritos e se manterá os casos sob sigilo. Não há prazo para Fachin tomar uma decisão.
Os acordos de delação premiada foram assinados no final de 2016, tendo sido homologados pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, no início deste ano.
Para viabilizar a obtenção de todas as informações, a Procuradoria-Geral da República instituiu um grupo de trabalho composto por 116 procuradores da República, que tomaram os 950 depoimentos dos colaboradores, durante uma semana, em 34 unidades do Ministério Público Federal em todas as 5 regiões do país. Os depoimentos foram gravados em vídeos, que totalizaram aproximadamente 500 GB.
Radar da Zona Norte-O Povo Online
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